Maria Madalena recebeu palavras de luz

Maria Madalena recebeu palavras de luz

Maria Madalena 

Maria Madalena foi uma prostituta, e como todo pecado é algo que impregna, não é fácil de sair. Muitos dos que entram na igreja e já tiveram a liberdade de pegar vários ou várias, nas festas e baladas, acabam por sair da vida com Jesus por causa disso, além daqueles que já estão no ministério há muito tempo e acabam conhecendo esse mundo, também saem debaixo das asas do Senhor.

Sujo, culposo, difícil (mais complicado do que pareça), quando se ama alguém, quando se cria laços, o sentimento é muito forte e não deve ser considerado um caso qualquer. Maria Madalena se relacionou com tantos, que já não havia espaço para laços, os 7 espíritos imundos que estavam nela, já tinham criado um verdadeiro nó em sua vida.

Até o dia que ela encontrou Jesus e ali pessoalmente, Ele a tratava. Ela com seus problemas devia vir ao Mestre pedir conselhos e Ele os dava, mais sábios e verdadeiros do que se pode imaginar.

Mesmo com o desejo da carne de voltar para a situação antiga, mesmo com a carne gritando constantemente pelo prazer de antes, ela tinha Jesus ali, e a pura unção que a presença d’Ele trazia, já acalmava as cobiças carnais, trazendo os valores e princípios que os filhos do Senhor precisam ter: ser servo, adorar, se humilhar, estar disposto, valorizar-se; o passado já havia acabado, mas as feridas que ele deixou estavam sendo curadas pelo Médico dos médicos.

Maria M. deveria estar muito feliz, se precisava de ajuda, cura, restauração, bastava crer nas palavras do Cristo e pronto! A solução estava na mesa, era só aplica-la.
Mas chegou o tempo em que Deus falou: é hora de ir além “sozinha”, você já foi criança e hoje cresceu, aprendeu a andar e agora começará uma nova etapa de sua caminhada.

Jesus foi capturado e levado para o Gólgota, carregando sua cruz com a ajuda de Simão, e lá foi crucificado da pior maneira que se pode imaginar. O sangue escorreu. Estava consumado, o preço por nossos pecados foi pago.

Maria chorou.
-E agora? Minha esperança de continuar se foi! E os conselhos? E os milagres?
Se foram! Se foram!
Eles partiram minha vida, minha vida em Cristo Jesus!
(Não dava pra acreditar, era algo “impossível”.)
-Ele sempre tinha escapado das outras armadilhas, e agora o rasgaram, sua carne desfiada, minhas feridas se abrindo! Não!  Não quero retroceder!

Ele é a própria vida, a esperança contida nesse mundo, e por mais que façam um abismo no meio do vale da vida, depois de três dias de trevas, o rio de águas vivas voltará a correr no mesmo lugar onde havia o vale da morte; pois onde abundou o pecado superabundará a graça.

E sabendo disso, correu, Maria correu, ela foi não ao tempo dela, mas no tempo que Deus havia determinado, e chegando ao sepulcro de Jesus, assustou-se!

Foi buscar o Mestre e quem sabe ali chorar. Mas nosso Deus quebra protocolos! A partir do momento em que há uma determinação, deve existir a liberdade do Espírito Santo. E foi nessa liberdade que o NOVO chegou! A ferida não vai continuar exposta, Ele está gerando o maior milagre! Espere! Diante de ti a luz do céu vai brilhar e o que antes era motivo de choro e tristeza, agora será de júbilos de alegria.

Encontrando Maria com o ambiente celestial, estagnou-se. Pois a unção e o poder naquele lugar eram tamanha, que não dava para ter alguma reação. Ela estava tão acostumada de sempre haver choro e lamentação em ambientes de morte, que ficou sem reação. O que antes ressuscitava os mortos agora estava morto (pelo menos era o que se pensava).

Maria chorou. Chorou porque ela queria cuidar da esperança que antes estava ali, mesmo estando morta. Levaram a esperança, levaram seu Senhor.
 Mas quando os dois anjos, um em uma ponta da cama e outro em outra, disseram:
- Maria! Ele não está aqui! Ele está vivo! É o vivente entre os mortos!

Estava tão cega pela morte que mal percebeu a transformação no lugar, o novo, a mudança já tinha ocorrido, a vida tinha chegado, suas orações ajoelhada em seu quarto já provocaram efeitos tamanhos, que havia milagres de uma ponta a outra, anjos reluzindo, poder de Deus manifestando, a pedra do sepulcro já foi removida e por cima dela estava outro anjo.

Mesmo assim Maria dizia: Cadê meu Senhor?!
E os anjos diziam: Ele não está aqui!
Maria insistia: Não brinque comigo, eu quero meu Salvador!

Ela não ouvia os que lhe falavam, pois estava mais preocupada no que ela ia falar, estava mais preocupada com sua opinião. E falando, virou-se para o outro lado. E com os olhos “fechados”, não viu que o próprio Jesus estava na sua frente! Ela não viu!

Até o tal homem abrir a boca e dizer:
- Mulher, por que choras? A quem procuras? Não está vendo onde você está? Não está percebendo que o que você procurava, Deus está lhe dando tantas e tantas vezes mais?

E quando Cristo fala, a voz de autoridade é inconfundível, automaticamente ela enxergou, ouviu, e ao ouvir, a aflição foi embora, o medo a deixou!

-Mestre! (Disse Maria em suspiro de alívio)

Pronto! Ela só precisava disso, da presença do Senhor.

Jesus foi elevado aos céus e a partir dali, Maria seguiria não com Jesus ali fisicamente e visualmente lhe aconselhando, mas com o Espírito Santo sendo derramado, testificando a presença do Senhor Jesus Cristo e as palavras deixadas por Ele. Maria esteve certa:

-O meu Redentor vive e por minha causa já se levantou, sou livre pelo seu sangue, sou livre porque onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade. A minha cura está acontecendo, estou com Cristo, pois eu estive no ambiente de vida, e a vida era tão forte! Fazia tanto sentido viver! Que não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim!
Cristo vive em mim! Aleluia ♪
 

Victor DeCristo