Renúncia é perda, é sacrifício. Isso sempre foi claro para mim, mas o
que eu ainda não sabia, é que perdas aconteceriam a todo momento.
Falamos seguros do que somos “mil cairão ao meu lado, dez mil a minha
direita e não serei atingido”, até que venha um golpe violento nas bases e
vemos tudo se desfazendo a nossa volta, a segurança se torna medo, as lágrimas
aparecem, tudo escurece, o fôlego se perde e nos deparamos com uma vida é que
não é gentil.
Outro dia ouvi que coisas do coração são sagradas, devemos compartilhar
apenas com quem sabemos que torce por nós, mas como ter essa certeza depois de
tantas surpresas que temos no decorrer da vida? E se parte da minha missão é
abrir meu coração, como negá-lo? E será que ainda devemos continuar amando os
inamáveis mesmo sabendo sobre a futura dor da perda? A resposta que obtive do
meu Pai é: Sim! Sem sombra de dúvidas. Ele me lembra que ter o direito de fazer
algo, não torna certo fazê-lo, ainda que o amor a cada dia me dê mais um pouco
de dor, vale a pena.
Amar é a essência do existir, é a essência de existir em Deus.
Ainda que por alguns dias me encontro querendo mudar meu rumo para a
reciprocidade, um lugar de poucos habitantes. Ele me faz voltar ao que é
simples, ao que é apaixonante e motivador. Me lembra dos propósitos que são
maiores que eu e me acalma, me fazendo entender que não sou a única que luta
por um evangelho movido pelo amor, existem outros loucos. Assim, vejo que cada
fase termina nos dando a certeza de que o amor supera a dor, afinal a vida é só
um ensaio da eternidade.
Por: Miss. Jessy Faria
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